Senta aí, pega um café, um suco (ou um vinho, quem sabe) e se prepara… porque agora eu vou abrir o jogo de vez. Quem trabalha com fotografia de nu, especialmente quando faz isso com respeito, amor e profissionalismo, sabe que a nudez desperta muito mais do que só interesse artístico. Ela cutuca a curiosidade, instiga a imaginação e, claro, gera perguntas.
Pra abrir espaço pra um diálogo mais sincero, lancei uma caixa de perguntas anônima no Instaram. E, como era de se esperar, começaram a surgir mensagens de todos os tipos, desde dúvidas técnicas instigantes até perguntas sem filtro e com aquela malícia no olhar de quem pergunta, mas finge que é só “curiosidade”.
Confesso que em algumas horas, a curiosidade bateu forte, e eu até quis adivinhar quem estava por trás de certas perguntas. Mas o mistério faz parte do encanto e do acordo proposto no anonimato.
E sabe o que eu acho? Que é completamente natural. A nudez, quando é tratada com verdade, desperta tudo isso. E não tem problema nenhum. Por isso, reuni aqui as 16 perguntas mais ousadas e desconcertantes que já me fizeram sobre meu trabalho com fotografia de nu. E claro... respondi todas com a verdade, sem rodeios. Bora lá?
Essa é uma das perguntas mais frequentes e, sinceramente, eu entendo a curiosidade. Trabalhar com nudez, com liberdade e com corpos em sua forma mais natural pode provocar muitos pensamentos, fantasias e até projeções.
R: Nunca me envolvi com nenhuma modelo, nem durante nem depois das sessões. E isso não é só uma questão de ética profissional, é também uma escolha de respeito ao relacionamento que construí com minha esposa, que acompanha e apoia o projeto justamente porque sabe da seriedade e do cuidado com que tudo é feito.
Olha... essa pergunta é mais comum do que parece e eu já sabia que viria, é normal ouvir isso pra quem trabalha com ensaios com nudez, porem a nudez artística tem um propósito diferente do que o sedutor ou provocativo.
R: Nos ensaios do projeto, isso nunca aconteceu. E quem entende o tanto de coisa que a gente precisa se preocupar durante um ensaio, logo percebe o porquê: é luz, ângulo, sombra, direção da modelo, composição, alinhamento, contraste natural, entre outros detalhes técnicos. A concentração é total.
Mas respondendo à segunda parte da pergunta: se um dia acontecer, o melhor a fazer é fazer uma pausa, tomar uma água, dar um tempo. Sabe no futebol ou no vôlei, quando o time tá perdendo e o técnico pede tempo (no vôlei) ou faz uma substituição estratégica (no futebol)? É pra esfriar o jogo. Na fotografia de nu é a mesma lógica.
Geralmente, os ensaios já têm pausas programadas e elas servem justamente pra ajustar o que for necessário, seja no cenário, na pose, na luz... ou até em alguma ‘situação psicológica involuntária’ que o corpo manifestar. Natural, humano. Mas sempre com respeito e discrição.
R: Não, o projeto não é careta. Já aconteceu, sim, de algumas modelos aproveitarem o ensaio para criar conteúdo mais explícito para redes privadas como o OnlyFans. Quando isso acontece, a gente divide a sessão em duas partes: a primeira voltada para o conceito artístico do projeto “Eu e a Natureza” com foco em liberdade, beleza e conexão com o ambiente e a segunda dedicada às fotos mais ousadas, com um direcionamento totalmente voltado ao desejo da modelo. Tudo é conversado antes. E quando isso acontece, deixamos indicado no final da publicação do ensaio no site que a modelo fez fotos mais explícitas para uso pessoal, com o link para quem quiser acessar nas redes dela. No projeto, o contexto é outro, é arte. Mas respeitamos e acolhemos os diferentes objetivos de cada mulher.
Confesso a vocês que por essa eu não esperava, mas respondi de boa.
R: Olha... essa pergunta já entrega mais sobre quem pergunta do que sobre mim. Curiosa você, hein? 👀
Mas vamos lá: Entendo o desejo de equilíbrio, mas não funciona assim. O projeto é direcionado à mulher, é sobre a entrega dela, o espaço dela. Não é uma troca de nudez, é uma troca de confiança.
Ah, outra coisa, os ensaios quase sempre tem mais gente como uma maquiadora, assistente ou acompanhante da modelo, então é um trabalho profissional não apenas umas fotinhos entre fotógrafo e modelo.
Agora… se o seu interesse é me ver sem roupa, talvez a pergunta certa não fosse essa. 🙂
Making off do ensaio de 2017 em Niterói/RJ
R: No projeto Eu e a Natureza, nunca tive esse tipo de proposta, mas fora dele, em outros trabalhos, já aconteceu.
Não posso falar pelos outros, mas por mim, não rola, sem chance.
Sou casado, respeito minha esposa e não tenho interesse em nenhum envolvimento íntimo com nenhuma modelo.
Trabalho é trabalho e respeito é inegociável..
R: Boa pergunta. E a resposta é simples: arte é intenção. O olhar que registra, a forma que conduz, o espaço que se cria. Tarado quer ver, o artista quer compreender. A diferença está no respeito. E nisso, eu sou inflexível.
Não preciso me esconder atrás de arte pra ter segundas intenções, porque não tenho. O que faço é construir, junto com cada modelo, uma narrativa onde o corpo é liberdade, não objeto.
Se alguém ainda acha que é só “desculpa”, provavelmente nunca entendeu o que é arte… e talvez precise repensar o próprio olhar.
R: Se isso acontecer, é tratado com naturalidade e discrição. Excitação é uma reação do corpo, não é motivo de vergonha, mas também não muda o tom do ensaio.
Cada pessoa reage de um jeito, e tá tudo bem. O importante é que o ambiente continue sendo seguro, respeitoso e profissional.
O foco volta pro clique, pra arte, pro respeito.
Porque no fim das contas, a excitação é do corpo, mas o controle é da mente.
R: Jamais. Cada corpo tem seu tempo, cada mulher tem seu limite. Nada é imposto. Eu proponho, oriento, mas você decide até onde vai. E se quiser parar no meio, tudo bem também. O ensaio é sobre liberdade, não pressão.
Foto: Daiane Alves - Making off do ensaio de 2025 em Florianópolis/SC
R: Musa é quem inspira pela entrega, não pela insinuação. É quem desperta em outras mulheres o desejo de se libertar, de se verem nuas na sua essência pura.
Quando você se entrega para si mesma, tem orgulho do resultado e é esse orgulho verdadeiro que inspira, que gera um depoimento verdadeiro sobre a transformação.
R: Depende. Se isso realmente for importante para você e te ajuda a se sentir confortável, por uma questão de empatia genuína, a gente conversa com maturidade porque o conforto vem da confiança, não da nudez compartilhada.
Isso nunca aconteceu e seria uma exceção raríssima, não a regra. E o pedido jamais será feito pelo fotógrafo, o foco dele é fazer lindas fotos da modelo na sua naturalidade.
Não tenho nenhum problema com a minha nudez, mas durante o ensaio estou sempre com bolsos cheios: bateria extra, cartões de memória reserva e acessórios da câmera.
O foco é garantir que tudo corra bem e que nada se perca, (nem o respeito).
Foto: Daiane Alves - Making off do ensaio de 2025 em Florianópolis/SC
R: De vez em quando aparece, sim. Mas o projeto é exclusivo para mulheres, e isso é uma decisão firme. A proposta é criar um espaço seguro onde elas possam se soltar de verdade, sem a pressão de um olhar masculino por perto. A única exceção é quando o acompanhante da modelo, namorado, marido, amiga trans, por exemplo, está presente por escolha dela. Mesmo nesses casos, a orientação é clara: o acompanhante deve aguardar em um ponto próximo, mas fora do campo de visão do ensaio, para não interferir.
Já em cursos e workshops do projeto, onde a modelo é contratada com cachê específico para fins didáticos, a presença de homens é permitida entre os alunos ou participantes, desde que o clima de respeito seja mantido o tempo todo.
Foto: Vick- Making off do ensaio da modelo Lia em 2023 - Florianópolis/SC
Foto: Vick- Making off do ensaio da modelo Lia em 2023 - Florianópolis/SC
Foto: Vick- Making off do ensaio da modelo Lia em 2023 - Florianópolis/SC
Essa foi uma das campeãs, mais de uma pessoa me mandou essa. Alguns no direct mesmo sem ser anônimo.
R: Tudo aqui é muito profissional. Antes de qualquer clique, rola uma conversa clara com a modelo pra alinhar expectativas, entender o que ela busca e definir os limites. Mesmo quando o ensaio tem uma pegada mais provocativa, tudo segue uma narrativa pensada, artística. Não tem surpresa, nem espaço pra confusão emocional. A entrega é pra imagem, não pro fotógrafo. O encantamento vem da arte e não de ilusões fora dela.
Confesso a vocês que esta eu nem ia responder, achei muita falta de respeito mas como o propósito era responder eu respondi.
R: Nunca. E se um fotógrafo faz isso, ele não entendeu nada sobre o papel dele. Eu respeito cada história registrada. Isso é arte, é vulnerabilidade. Tratar isso como estímulo sexual seria trair o propósito do projeto. Quem não entendeu isso, nem deveria estar com uma câmera na mão.
R: Na verdade, o que já aconteceu foi o contrário. Eu nunca peço nada além do que foi combinado antes do ensaio. Mas já teve modelo que acabou se soltando mais do que imaginava.
E isso não veio de mim, veio dela. Da confiança que sentiu no ambiente, no cuidado da equipe, no acolhimento do espaço. E principalmente, na conexão com ela mesma, quando percebeu que aquele era o momento de se libertar de vez.
Não é sobre tirar mais. É sobre se entregar quando sente que pode e quer.
R: Nunca, A ideia do projeto não é esse e sim que a mulher se liberte, se sinta linda, se ame como ela é.
R: A maior dificuldade é lidar com a luz natural, que muda o tempo todo e é ela que define tudo: clima, textura, sombra, contraste. Num segundo, você tem uma luz suave perfeita. No outro, o sol virou vilão e você precisa se virar sem perder a magia da cena.
Além disso, tem o ambiente em si: terreno irregular, vento, calor, frio, insetos, plantas, tudo isso influência tanto no clique quanto no conforto da modelo. E se ela não estiver se sentindo bem, a foto não acontece de verdade.
E claro, tem a questão do respeito com o espaço. Cada lugar tem sua energia e seus limites. A nudez na natureza não pode ser invasiva, ela tem que se fundir com o cenário, não forçar presença.
Resumindo: a técnica tá em ajustar tudo isso sem perder o momento. Porque o clique certo, no segundo certo, vale mais que mil poses forçadas.
No fim, cada pergunta que chega, seja curiosa, técnica ou até íntima demais, mostra o quanto o tema da nudez ainda desperta curiosidade, tabu e fascínio.
Mas o Eu e a Natureza não é sobre voyeurismo, é sobre verdade. É sobre reencontrar o corpo fora dos padrões, sem culpa, sem personagem. Cada ensaio é um diálogo entre confiança, luz e liberdade.
E se essas respostas despertarem mais perguntas, que ótimo. Porque é assim que o projeto segue vivo: provocando reflexões, desnudando ideias antes mesmo de desvestir corpos.
Tá afim de se jogar?
Se você, minha amiga, tá aí lendo e pensando “queria me sentir assim também”, que tal dar o primeiro passo? A fotografia nu artística é sobre isso: celebrar você, seu corpo e sua história, do seu jeito.
Quer saber mais? Dá uma olhada no projeto “Eu e a Natureza”. Lá, a gente acolhe mulheres que querem essa experiência linda, sem julgamentos, só muita liberdade e respeito. Bora fazer acontecer?
Nossas lentes estão prontas para capturar a beleza única que reside em você.
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